sábado, 24 de setembro de 2011

Pranto negro

Pranto negro 
Cristina Jacó Costa
Negro na mata escura
fugindo o tempo inteiro
com medo das torturas
vivida no cativeiro.

Correntes entrelaçadas
Nos pés como animais
Sofrendo muitos castigos
Nas mãos do capatais.

Branco não se comove
Com os gritos de dor da tortura
Achando que negro não é gente
Por causa da pele escura.

Da África trazido a força
Meus sonhos deixei pra traz
Pedindo força aos Deuses
E a todos os orixás.

Perdendo  os meus direitos
De exercer minha cultura
Por isso ando fugindo
Por essas matas escuras.



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