sábado, 26 de julho de 2014

dia da avó

Amor de “vó”  ( Silvia da Matta)

Na plenitude do amor, surgem as AVÓS,
carinho dobrado, atenção sem igual,
Proteção sendo um dom
de quem já deu o seu  amor maternal.
Amor de “VÓ”  é liberado,
nada é condenado,
achando tudo engraçado.
Limites tentam colocar,
Numa geração evoluída,
Às vezes no papel de mãe,
Tentam dá educação,
Os papéis se invertem,
Quando o assunto é respeitar
Na companhia da avó,
De tudo pode-se esperar;
sujar roupa, jogar bola dentro de casa,
até quebram  objetos antigo
que ELA não diz nada.
Amor de “ Vó” é assim, grande e ilimitado
Voltando a ser mãe,
depois dos filhos terem sidos todos  criados!

sábado, 19 de julho de 2014

Identificando-se poema

Identificando-se    (Silvia da Matta Virgem Gomes)
No  registro de nascimento,
a cor da pele deve-se declarar.
Declara-se ser pardo, moreno, branco,
mas, a cor negra, quase todos querem negar.
Negar o que estar na pele,
e  que é fácil enxergar.
Aos olhos que olham  mas, não vêem,
a alma que se encontra lá.
A sociedade insiste em discriminar,
negando  direitos conquistados,
em anos de lutas,
para seu espaço ocupar.
Injustiçados pelo tempo,
procurando a todo o momento,
resgatar sua história,
sufocada  cada dia ,
sem ser retirada da própria memória.

Cidade sem memória



Cidade sem memória ( Silvia da Matta Virgem )

Como é triste viver,
Numa cidade sem história,
derrubam casas antigas,
deixando esquecida da nossa memória.

Prédios enormes vão surgindo,
Substituindo antigos e belos casarões.
Tornando-se uma imensa nuvem de poeira,
Indo tudo que se fez, ao chão.

As árvores são derrubadas,
sem respeitar a natureza
dando lugar às praças de puro concreto
numa falsa beleza.

Itabuna vai caminhando,
 em um futuro incerto
O Cachoeira, a cada dia vai secando,
Compara-se a um deserto.

O tempo vai passando
e a cidade seguindo enfrente
poucos se preocupam,
com a cultura da gente.

Itabuna precisa
recuperar a sua história
um povo sem passado
apagado e sem glórias
sem “causos” para contar
para os filhos dessa terra
que vão crescendo
 e desconhecendo as riquezas desse lugar.


segunda-feira, 14 de julho de 2014

A ilha do Jegue


Memórias  da  Ilha do   Jegue
                                                                                      (Cristina Jacó )

Dos vôos  das garças brancas
Dos tempos que ainda seguem
Faziam seus belos ninhos
na lendária  ilha do jegue.

Ilha de muitos contos
Que os anos passaram em  frente
enfrentou muitas tormentas
na época das grandes enchentes.

Ilha que fez histórias
Nos tempos da evolução
Morreu no meio do rio
De tanta poluição.

Hoje as garças brancas
Sufocam em meio as poeiras
Ainda tentam fazer seus ninhos
na ilha do Cachoeira.

Lembranças de um Rio- poema

Lembranças de um Rio
Cristina Jacó

Moro nessa cidade a cento e quatro anos, ou mais.
Nasce gente, morre gente e nada por mim se faz
Guardo em minhas lembranças
de pessoas que por mim passou,
lavadeiras, aguadeiros e o velho pescador.

Tinha no meio do meu leito,
Uma grande companheira
que a  muitos anos me segue,
e sinto falta dessa  amiga
 minha querida ilha do jegue.

Lembro-me dos bons tempos
em que as matas me guardavam
em  meio a natureza, minhas águas cintilavam.
Fico com muita tristeza quando sentem o meu odor
Que dessas águas poluídas, muita fome já matou.